A Agência Espacial Norte-Americana tem se concentrado em Marte nos
últimos anos, entre outros motivos pelas lamentáveis restrições
orçamentárias que experimentou com sucessivos cortes por parte do
governo. Contudo, além de missões programadas para serem lançadas ao
Planeta Vermelho em 2013, 2016 e 2020, esta última consistindo em um
novo rover semelhante ao Curiosity, outros alvos de exploração estão sendo considerados.
Um deles, motivo de especulação quanto à existência de vida extraterrestre desde as missões Voyager e especialmente desde a Galileo, é Europa, satélite de Júpiter. A Galileo, lançada pela missão STS 34 do ônibus espacial Atlantis em outubro de 1989, orbitou o planeta entre dezembro de 1995 e setembro de 2003, quando foi destruída na atmosfera do gigante gasoso a fim de não cair e contaminar alguma de suas luas. Durante sua missão, comprovou que Europa possui uma espessa cobertura de gelo em sua superfície, e existem fortes indícios da existência de um oceno de água líquida, que pode ter dezenas ou até centenas de quilômetros de profundidade, sob a mesma.
As forças de maré, causadas pela gravidade de júpiter ao longo da órbita de Europa quando a lua de 3100 km de diâmetro se aproxima e se afasta sucessivamente do planeta, provocam um aquecimento do interior do satélite que pode manter esse imenso oceano em forma líquida. Os cientistas também afirmam que esse meio aquoso está próximo do manto de Europa, o que pode proporcionar complexas reações químicas que sustentariam seres vivos.
Os próprios cinturões de radiação mortal de Júpiter poderiam fornecer energia para sustentar formas de vida alienigenas logo abaixo da camada de gelo, o que contribui para aumentar o interesse em sua exploração. Alguns anos atrás a NASA traçou planos para a nave JEO [Orbitador de Júpiter e Europa], destinada a investigar detalhadamente esses mundos e outra lua, Io, o corpo vulcanicamente mais ativo do sistema solar. A missão chegou a ser recomendada por comitês científicos dos Estados Unidos, como o Decadal Survey 2011, mas o custo alto, de 4,7 bilhões de dólares, resultou alto demais e o projeto não foi adiante.
De acordo com David Senske, que fez parte da equipe do JEO: "Eles adoraram a ciência envolvida, mas o custo alto fez com que pedissem uma reavaliação". Ele está ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, e apresentou um novo projeto no último dia 07, na reunião anual da União Geofísica Norte-Americana, a mesma onde aconteceu a recente coletiva a respeito dos achados do rover Curiosity. Senske agora é um dos proponentes de uma nova missão, provisoriamente chamada de Europa Clipper.
A proposta é lançar em 2021, ao custo de 2 bilhões de dólares, uma nave equipada com radar de penetração no gelo, magnetômetro, espectrômetros infravermelho e de massa, câmeras para imagens topográficas e outros instrumentos. Para conter os custos, a sonda seria alimentada por enormes painéis solares, semelhantes aos da missão Juno que está em curso para Júpiter, devendo entrar em órbita em agosto de 2016. O Cliper deverá entrar em órbita do gigantesco planeta e realizar várias passagens por Europa, aproximando-se até 25 km de sua superfície.
Um deles, motivo de especulação quanto à existência de vida extraterrestre desde as missões Voyager e especialmente desde a Galileo, é Europa, satélite de Júpiter. A Galileo, lançada pela missão STS 34 do ônibus espacial Atlantis em outubro de 1989, orbitou o planeta entre dezembro de 1995 e setembro de 2003, quando foi destruída na atmosfera do gigante gasoso a fim de não cair e contaminar alguma de suas luas. Durante sua missão, comprovou que Europa possui uma espessa cobertura de gelo em sua superfície, e existem fortes indícios da existência de um oceno de água líquida, que pode ter dezenas ou até centenas de quilômetros de profundidade, sob a mesma.
As forças de maré, causadas pela gravidade de júpiter ao longo da órbita de Europa quando a lua de 3100 km de diâmetro se aproxima e se afasta sucessivamente do planeta, provocam um aquecimento do interior do satélite que pode manter esse imenso oceano em forma líquida. Os cientistas também afirmam que esse meio aquoso está próximo do manto de Europa, o que pode proporcionar complexas reações químicas que sustentariam seres vivos.
Os próprios cinturões de radiação mortal de Júpiter poderiam fornecer energia para sustentar formas de vida alienigenas logo abaixo da camada de gelo, o que contribui para aumentar o interesse em sua exploração. Alguns anos atrás a NASA traçou planos para a nave JEO [Orbitador de Júpiter e Europa], destinada a investigar detalhadamente esses mundos e outra lua, Io, o corpo vulcanicamente mais ativo do sistema solar. A missão chegou a ser recomendada por comitês científicos dos Estados Unidos, como o Decadal Survey 2011, mas o custo alto, de 4,7 bilhões de dólares, resultou alto demais e o projeto não foi adiante.
De acordo com David Senske, que fez parte da equipe do JEO: "Eles adoraram a ciência envolvida, mas o custo alto fez com que pedissem uma reavaliação". Ele está ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, e apresentou um novo projeto no último dia 07, na reunião anual da União Geofísica Norte-Americana, a mesma onde aconteceu a recente coletiva a respeito dos achados do rover Curiosity. Senske agora é um dos proponentes de uma nova missão, provisoriamente chamada de Europa Clipper.
A proposta é lançar em 2021, ao custo de 2 bilhões de dólares, uma nave equipada com radar de penetração no gelo, magnetômetro, espectrômetros infravermelho e de massa, câmeras para imagens topográficas e outros instrumentos. Para conter os custos, a sonda seria alimentada por enormes painéis solares, semelhantes aos da missão Juno que está em curso para Júpiter, devendo entrar em órbita em agosto de 2016. O Cliper deverá entrar em órbita do gigantesco planeta e realizar várias passagens por Europa, aproximando-se até 25 km de sua superfície.
Missão orbital a Europa, planejada mas
considerada cara demais
Senske explica que a idéia de um orbitador em Europa foi deixada de lado
pelos altos níveis de radiação, havendo a necessidade de blindagens que
adicionariam peso e custo indesejados. A missão poderia determinar
locais adequados ao pouso de futuras sondas, além de investigar qual a
espessura da capa de gelo, a salinidade da água e sua profundidade.
O cientista confirma que a missão ainda não recebeu o sinal verde, mas explica: "Em abril, faremos uma revisão de conceito que nos colocará no caminho para projetar uma missão completa". Alguns de seus colegas ficaram desapontados pela escolha, por parte da NASA, de enviar um novo rover para Marte em 2020, mas Senske defende que o sucesso no Planeta Vermelho, mais o interesse público na missão do Curiosity, eventualmente poderão tornar possíveis esforços para missões mais longínquas.
O cientista confirma que a missão ainda não recebeu o sinal verde, mas explica: "Em abril, faremos uma revisão de conceito que nos colocará no caminho para projetar uma missão completa". Alguns de seus colegas ficaram desapontados pela escolha, por parte da NASA, de enviar um novo rover para Marte em 2020, mas Senske defende que o sucesso no Planeta Vermelho, mais o interesse público na missão do Curiosity, eventualmente poderão tornar possíveis esforços para missões mais longínquas.
Jane Binário
Fonte: UFO
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